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MPB

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A Música Popular Brasileira, conhecida como MPB, surgiu com o declínio da Bossa Nova, gênero que no final dos anos 50, influenciado pelo jazz norte-americano, deu novas marcas ao samba tradicional. Mas na primeira metade dos anos 60 ela também passaria por transformações e, a partir de uma nova geração de compositores, chegaria ao fim na segunda metade da década.

A MPB iniciou-se em meados dos anos 60 e foi inicialmente denominada de MPM - Música Popular Moderna, que designava canções que se diferenciavam da Bossa Nova, do Samba e da Jovem Guarda. O termo foi na época associado à música “Arrastão” (Edu Lobo e Vinícius de Moraes), defendida em 1965 por Elis Regina, no I Festival de Música Popular Brasileira da TV Record.

A essa música seguiram-se “Pedro Pedreiro”, de Chico Buarque, “Disparada” (Théo de Barros e Geraldo Vandré), interpretada por Jair Rodrigues, e “A Banda”, de Chico Buarque. Essas duas últimas são consideradas o marco definitivo de ruptura da MPB com a segunda geração da Bossa Nova.

Nessa época começaram a aparecer, principalmente através dos festivais de música popular, artistas novatos, como Geraldo Vandré, Chico Buarque, Edu Lobo e Taiguara que, embora filhos da Bossa Nova, traziam elementos que dela os diferenciava, como a retomada da brasilidade e do folclore, a crítica social e à repressão por parte da ditadura militar e até a incorporação de instrumentos eletrônicos e a narrativa cinematográfica das letras durante o curto período do sub-movimento da MPB conhecido como Tropicalismo.

 

Em 1964 o grupo vocal “Quarteto do CPC” (Centro Popular de Cultura), adotou o nome “MPB4”, tendo esse MPB o significado de Música Popular Brasileira.

 

Na passagem da década de 60 para a de 70, a sigla MPM foi definitivamente substituída por MPB. Essa transição foi marcada pela consolidação do estilo, que incorporou os mais variados gêneros de diversas origens regionais. Nessa década, o país foi dominado por artistas vindos dos quatro cantos do país (não mais apenas do eixo Rio-São Paulo), que influenciaram nossos costumes e nossa vida política.

 

Da Bahia surgem Maria Bethânia e Gal Costa, Os Novos Baianos e Pepeu Gomes; de Minas Gerais vêm Clara Nunes, João Bosco e a turma do Clube da Esquina (Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta, Wagner Tiso, Tavinho Moura, Tavito, Nelson Angelo, Robertinho Silva, Luiz Alves, Vermelho e Rubinho); do Pará, surge Fafá de Belém; do Ceará, Amelinha, Belchior, Ednardo e Fagner; da Paraíba, Elba Ramalho, Vital Farias e Zé Ramalho; e, de Pernambuco, aparecem Geraldo Azevedo, Alceu Valença, a Banda de Pau e Corda e até mesmo Luiz Gonzaga, no ostracismo desde o advento da Bossa Nova e da Jovem Guarda, teve seu nome resgatado. Isso para citar apenas alguns nomes.

A MPB resiste até os dias de hoje, repleta de nomes e de músicas incríveis. Existe uma série de intérpretes e compositores que marcaram a história da nossa música, como Sergio Ricardo, Quarteto em Cy, Paulinho da Viola, Paulo César Pinheiro, Dominguinhos, Paulinho Tapajós, Beth Carvalho, Evinha, Sérgio Sampaio, Juca Chaves, Fátima Guedes, Luhli e Lucina, Nana Caymmi, Joyce Moreno, Angela Ro Ro, DjavanGonzaguinha, Tim Maia, Sivuca, João Nogueira, Tetê Espíndola, Sueli Costa, Thereza Tinoco, Zizi Possi, Francis Hime, Luiz Melodia, Leila Pinheiro, Paulo César Feital, Ivan Lins, Simone, Dori Caymmi, Nelson Motta, Danilo Caymmi, Joanna, Emílio Santiago, Carlinhos BrownMarisa MonteNinah Jo e  tantos outros.

Curiosidades

110 anos da gravação do primeiro disco no Brasil

110 Anos do Primeiro Disco Gravado
00:00 / 06:35

Rádio Senado - Programa Curta Musical

Produção: Guilherme Miquelutti

A MPB em 1968

Curiosidades_A_MPB_em_1968
00:00 / 07:51

Rádio Senado - Programa Curta Musical

Produção: Guilherme Miquelutti

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